Seminarios Especializados Cuarta Cohorte

Los Feminismos Negros: Propuestas, aportes y debates

Equipo docente: Ochy Curiel Pichardo, Yuderkys Espinosa Miñoso, Flavia Rios 

Este seminario tiene como propósito abordar teorías, conceptos y debates los feminismos negros, corriente teórico-política que ha cuestionado los feminismos hegemónicos por universalizar el sujeto “Mujer” proponiendo la imbricación de raza, clase, sexo y sexualidad y cuestionando la mirada fragmentada de las relaciones sociales.  
El seminario permitirá analizar los contextos donde surge, fundamentalmente Estados Unidos y América Latina y El Caribe, y las condiciones de posibilidad que lo hicieron posible, estableciendo diferencias y similitudes.  Asimismo, profundizará en pensadoras claves que han construido una de las corrientes más críticas que ha aportado no solo al feminismo sino al pensamiento social y la acción colectiva en su conjunto. 

Resiliencias, resistencias y reexistencias afrocolombianas: trayectorias historicas y contemporaneas

Equipo docente: Ángela Yesenia Olaya Requene, Gustavo Santana Perlaza, Laura De la Rosa Solano, María Camila Díaz, María Isabel Mena García, Rudy Amanda Hurtado Garcés

En este seminario se abordarán distintas experiencias, trayectorias y problemáticas políticas, sociales, económicas y culturales que han atravesado las vidas de las poblaciones negras, afrocolombianas, raizales y palenqueras, en el pasado y en el presente. Entendiendo la diversidad de contextos urbanos y rurales en los que se han asentado históricamente las personas, pueblos y comunidades afrocolombianas, a lo largo de las sesiones se reflexionará sobre diferentes espacios.  
A 170 de la abolición legal de la esclavitud en Colombia consideramos necesario construir espacios de análisis, diálogo, discusión y escucha que permitan contribuir al campo de los estudios afrocolombianos y aportar a la reflexión sobre problemáticas sociales que dificultan la construcción de sociedades más justas e igualitarias.

A dimensão discursiva do racismo no Brasil e práticas narrativas de resistência

Equipo docente: Ana Paula Oliveira, Alexandre dos Santos, Cleide Mello, Deize Carvalho, Etyelle P. de Araújo, Liana Biar

O seminário tem como objetivo discutir o racismo no Brasil em sua dimensão discursiva. Faremos isso a partir de duas lentes complementares:

(i)à luz de pensadores/as negros/as contemporâneos, trataremos do conceito deraça como construção simbólica que organiza um sistema de poder socioeconômico de exploração e de exclusão (Hall, 2015), sustentado por discursos cotidianos e institucionais que naturalizam relações assimétricas racializadas;

(ii)tomando como base teórica a Análise de Narrativa –método de análise que confere protagonismo às histórias de vida como forma de organização da realidade social –, abordaremos as disputas em torno da categoria de raça, mais especificamente, mostraremos como diferentes práticas narrativas contemporâneas atuam na arena do racismo estrutural enquanto formas de resistência.

O curso está organizado em quatro sessões, distribuídas como se segue. Na primeira aula, de natureza conceitual, apresentaremos as noções de linguagem, discurso e narrativa em sua dimensão constitutiva do racismo estrutural e estruturante. As três aulas seguintes são temáticas, e se debruçarão sobre a materialização do racismo em três esferas específicas da sociedade brasileira. São elas: o racismo institucional, patente na ação da polícia contra a população negra e sua sustentação no sistema judiciário; o racismo corporativo, presente nas práticas de diferentes atores sociais que ora tentam integrar,ora segregam a população negra no ambiente empresarial; e por fim o racismo religioso, operante tanto na intolerância com religiões brasileiras de matriz africana, quanto em práticas que atravessam as religiões cristãs, majoritárias no país. Em cada um desses contextos, todos previamente estudados no âmbito do nosso grupo de pesquisa Narrativa e Interação Social (NAVIS), estaremos atentos/as tanto à constituição discursiva do racismo, quanto às atividades, movimentos e iniciativas combativas que, por meio da prática narrativa, se propõem a fissurar a ordem racista.

Classificações raciais no Brasil contemporâneo: Estado, Organizações, Movimentos Sociais e Cotidiano

Equipo docente: Verônica Toste Daflon, Alexandre de Paiva Rio Camargo

Categorias e classificações raciais são social e historicamente construídas e sustentadas, não possuem base genética ou científica e, portanto, não estão amparadas em um núcleo estável e coerente de preceitos. Contudo, ainda que sejam construções e ficções, tais classificações produzem efeitos muito reais. O presente seminário se debruça sobre o tema das classificações raciais a partir de uma abordagem de via-dupla entre teoria e empiria, tomando o caso brasileiro como objeto de reflexão. No Brasil, uma dasprincipais marcas das relações raciais é a coexistência entre a elevada desigualdade racial e o fenômeno social da “mestiçagem”. Apesar da relativa flexibilidade e variabilidade regional e temporal dos esquemas de classificação racial e de fronteiras raciais pouco consensuais, o país possui altos índices de desigualdade racial, violência policial, discriminação no mercado de trabalho e estereótipos raciais. O seminário explora e discute esse aparente paradoxo, examinando diferentes planos e escalas em que as classificações ocorrem.“Raça” é um fenômeno multidimensional e, por isso, pode ser decomposta e analisada em diferentes planos. É possível falar de classificações desde os contextos interacionais cotidianos de pequena escala até contextos maiores como organizações, movimentos políticos e Estado. Tais classificações não são puramente simbólicas ou cognitivas. Ao observar os contextos de interação e comunicação, é possível identificar processos sociais que levam à formação de categorias e classificações. Contudo, tais processos tampouco se restringem ao plano micro. O contexto macrossociológico, das organizações e instituições, é fundamental para a produção de classificações de alta eficácia prática. Em vista disso, o seminário analisa práticas de classificação racial no Brasil no Estado, organizações (com ênfase na polícia e saúde pública), movimentos sociais e cotidiano. Além disso, enfatiza interações e sobreposições entre cada um desses níveis, procurando mostrar como as diferentes formas de classificação racial circulam e fornecer exemplos de suas influências mútuas.

Estudos sobre Educação étnico-racial no Brasil: educação, etnoeducação e pedagogia decolonialem uma perspectiva amefricana.

Equipo docente: Ana Beatriz da Silva, Ana Cristina da Costa Gomes, Lady Christina de Almeida, Luciana Ribeiro de Oliveira 

Este semináriotem por objetivo propor reflexões acerca da necessidade de pensarmos uma educação para a educação das relações étnico-raciais, considerando nossas trajetórias de mulheres negras, pesquisadoras e ativistas da educação étnico-racial em que compreendemos que o racismo, em toda a sua gênese colonial, subalterniza e invisibiliza corpos negros e indígenas no espaço escolar e reproduz desigualdades raciais que permeiam a sociedade. Pensamos neste sentido juntamente com autores/asque são nossos alicerces nesta discussão, tais como Frantz Fanon(2008),bell hooks(2017),Azoilda Loretto da Trindade(2005; 2006),Ailton Krenak (2018), Lélia Gonzalez (1984), Antonio Bispodos Santos(2019),Claudia Miranda (2014), Catherine Walsh (2009) dentre outros/as,que este processo educacional nasce em percurso da históriada educação do negrono Brasilefetivando-se na Lei 10.639/03, sob uma perspectiva amefricana, afrocivilizatóriae indigenana desconstrução de práticas de colonialidade existentes no ambiente escolare outros espaços de educação, tais como: terreiros, organizações negras, museus, coletivos de juventudes etc.Tecemos este seminárioa partir da simbologia do alfabeto adinkra, o Sankofa, a importância de olhar para trás e, deste modo, entender o presente e projetar o futuro, mas também buscamos no desenho do asè (energia vital), valor civilizatório que indica força de realização, para entender que pedagogias outras se consolidam na perspectiva da realização de uma educaçãodemocrática, crítica e plural.

Raça e racismo em Cuba: ausências, emergências e desafios contemporâneos

Equipo docente: Yoanky Cordero Gómez, Yarlenis Ileinis Mestre Malfrán, Mariurka Maturell Ruiz

Neste Seminário visamos apresentar um panorama crítico e interdisciplinar da raça, do racismo e das relações êtnico-raciais na sociedade cubana, destacando suas manifestações e impactos nos âmbitos social, cultural e da saúde. Neste contexto, as pessoas negras vivenciam a racialização desde sua posição de classe através de um racismo intersectado por normas de gênero e assimetrias regionais. Visamos identificar contingências históricas referidas a problemáticas raciais vivenciadas pelas afrocubanas e afrocubanos, que mostram um racismo que coloca em primeiro lugar sua “não brancura”. É o nosso propósito trazer para o debate as disputas e tensões raciais que foram construídas historicamente. Discutiremos a importância de desdobramentos político-epistêmicos antirracistas como via de contestar os regimes coloniais e eurocêntricos que preservam lógicas dominantes, induzindo dinâmicas de desigualdade social. Assim, o Seminário procura ser um espaço para pensar o político-epistêmico nesta região latino-americana e caribenha, imaginando Cuba como parte desse contexto mais abrangente, que é espaço de troca e diálogo e que conclama um projeto político de luta inspirado numa perspectiva afro-latinoamericana. As análises são informadas a partir de pesquisas de doutorado e pós-doutorado da equipe docente, bem como as experiências em espaços acadêmicos de estudos afro-latino-americanos e do ativismo antirracista. Buscamos assim contribuir com os esforços de luta contra o epistemicídio das produções do sul global. Nesse sentido, a proposta contempla um marco teórico do pensamento crítico e antirracista cubano, que dialoga com epistemologias afro-centradas, decoloniais, feministas, enquanto projetos críticos e emancipatórios.